TRIEB
Revista da SBPRJ








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Envio dos trabalhos até o dia 18 de abril de 2025
para revistatrieb@sbprj.org.br
Instruções aos autores
Antes da publicação dos Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, Freud já se debruçava sobre a perversão, conceito adotado pela psicanálise para designar a ideia de um desvio em relação a uma norma, sexualidade aí incluída. Nessa nova acepção que se contrapunha à psiquiatria e à sexologia, o conceito era desprovido de qualquer qualidade, fosse ela positiva ou negativa, e inscrito numa estrutura ao lado da psicose e da neurose.
Desde a origem do termo, perverso (derivado do verbo perverter, em latim) é aquele que se satisfaz com o mal e a destruição do outro ou de si mesmo. Ainda que presente em diversas medidas na constituição da sexualidade humana, ela não se restringe à sua dimensão erótica, sendo um fenômeno social, político e trans-histórico. Qual seria então a função exercida pela perversão não apenas em razão de seu status psíquico, mas enquanto necessidade social?
Diante da galeria de personagens perversos que multiplicam seus avatares indiscriminadamente – pedófilos, racistas, senhores da guerra, terroristas, líderes religiosos, extremistas etc. – qual a parte que nos cabe enquanto psicanalistas nessa cena perversa para a qual o mundo está se dobrando? Qual a ética da psicanálise frente à ética da perversão, a qual pretende abolir a alteridade, as diferenças, transformando o outro em objeto?
Se a perversão não é concebível sem a sua relação com a Lei, com os interditos que organizam a prática sexual humana e as sociedades, o que seria de nós, caso não pudéssemos recalcar essas moções que nos habitam, transferindo-as aos assim chamados perversos? Embora reflita uma parte de nós mesmos que insistimos em renegar, como compreender a perversão à luz do nosso tempo e que destino dar a ela?
Abrindo a nova gestão editorial da revista TRIEB, convidamos os colegas a pensarem e a escreverem sobre a questão das perversões, quando nossa humanidade recalcada passa ao ato.
Editores: Lúcia Palazzo e Tiago Mussi
Equipe Editorial: Cidiane Vaz Melo, Cláudio Frankenthal, Daniel Senos, Evelyze Louzada, Maria Ines Grabowsky Basto e Otelo Corrêa dos Santos Filho
A revista TRIEB publica artigos originais sobre teoria e clínica psicanalítica, além de articulação da Psicanálise com outros campos do saber. A TRIEB também publica conferências, entrevistas, traduções, artigos de valor histórico e resenhas de interesse para o campo da Psicanálise. A partir de 2019 as edições passaram a ser integralmente digitais.
Em tempos de perdas de algumas utopias, a construção de ideais é pertinente. Partilhar saberes e democratizar o conhecimento para que não sejam excludentes, encastelados ou hierárquicos tornou-se um alvo da revista. Desse modo foi criada a Nova Série da TRIEB.
A SBPRJ vem mostrando sua capacidade de se movimentar em várias frentes do campo social e de conhecimento, ampliando seus horizontes. Afinados com esse projeto o Conselho Editorial da TRIEB inclui membros que pertencem a diferentes campos do saber, pessoas que merecem o atributo de distinção em suas áreas e mantêm um olhar curioso em relação ao conhecimento. Promover a circulação de ideias, a troca de conhecimentos e desenvolver o pensamento crítico é o objetivo da TRIEB.
A Psicanálise é o cerne de nosso trabalho e, a partir desse núcleo identitário, conclamamos outras vozes para ouvir e ser ouvidas.
Conquistado o 1º índice de indexação, INDEX PSI PERIÓDICOS, o caminho é elevar o conceito e o reconhecimento da revista.
Edições digitais

TRIEB Racismo, volume 20, nº2, 2021
Assista aos vídeos do pré-lançamento
Assista ao vídeo de Paola Amendoeira (SPBsb) falando sobre a edição Racismo